Assistimos estarrecidos nesta
semana, mais uma notícia de assassinato de mãe pelo próprio filho. Desta vez o
fato ocorreu no bairro das Perdizes em São Paulo e foi cometido por um estudante de
Direito, de 22 anos, contra sua mãe de 57. O rapaz esfaqueou a própria mãe para
se apoderar da herança. Estava na companhia de um amigo traficante. Acompanhando estes fatos lamentáveis, nos
resta questionar o seguinte: Até quando a humanidade vai deixar de lado os
valores religiosos e familiares para, a
cada dia mais, se envolverem com drogas e agirem de forma animalesca contra
quem quer que seja, inclusive familiares? Alguma coisa muito séria está errada.
Trata-se de mudança de comportamento que acompanha o desenvolvimento
tecnológico. Hoje em dia, não vemos com tanta freqüência, filhos freqüentando
missas ou cultos religiosos, como antigamente. A educação religiosa, se
ministrada desde cedo nas crianças, contribui para formação de seu alicerce de
caráter e de moral. Quem aprende a acreditar na existência e a amar a DEUS,
seguirá seus ensinamentos. Vai respeitar pai e mãe acima de qualquer coisa. Vai
respeitar o próximo. Vai aprender a tratar as pessoas da mesma forma que
gostaria de ser tratado por elas. Vai praticar o perdão. Quem não tiver oportunidade
de participar destes ensinamentos, que são para a vida toda, vai estar
vulnerável a ser influenciado por maus elementos, e estará sujeito a cometer
crimes cada vez mais bárbaros. Trata-se de banalização da vida. A luta diária
dos pais, para poderem proporcionar algum conforto para seus familiares, acaba
criando um distanciamento dentro do próprio lar. Antigamente, a família era a
primeira célula de vivencia de uma criança. Até completar sete anos de idade,
desfrutava do convívio diário de seus pais, irmãos e demais familiares. Quando
chegava a idade escolar, já tinha uma boa base de educação. Sabia respeitar
professores, diretores e demais funcionários da escola. Estava ali para se
alfabetizar. Hoje as crianças, desde cedo, são apresentadas às telas, sejam de
computadores, “notebooks”,
televisores, celulares, vídeo games, “tablets”,
etc... Aprendem a ler e a escrever muito cedo, O mundo fica a disposição na
tela de um computador conectado à internet. Hoje em dia tem aqueles que
defendem que criança não pode ouvir a palavra “não”. Os professores perderam a
autoridade sobre os alunos, os pais conversam menos e convivem menos com seus
filhos. Os amigos virtuais estão mais presentes na vida deles... Os resultados
dessa evolução estão ai na mídia, quase que diariamente. Será quanto tempo
ainda será necessário, para que alguma iniciativa seja tomada, para tentar
reverter essa situação? Acredito que os meios de comunicação deveriam começar a
se preocuparem com estes acontecimentos ao invés de apenas faturarem com a
desgraça alheia. Até quando teremos que assistir às novelas, onde mudam os
nomes dos personagens, mas a história central é sempre a mesma? Traição,
enriquecimento rápido e sem justificativa, brigas em família, discórdias,
injustiças, assassinatos... São estórias que invadem nossas casas por seis
meses e não acrescentam nada de importante nas vidas daqueles que dedicam seu
precioso tempo na frente da telinha nestes horários. Já não estaria na hora de
se rever estes conceitos? Na hora de questionar estes comportamentos e apontar
as falhas que estão levando às pessoas a agirem assim? Na hora dos programas
ganharem conteúdo cultural e educacional? Acredito que devemos dar um basta
nestes acontecimentos, que ainda que não ocorram em nossos lares, nos causam tristeza,
dor e comoção, quando são divulgados. Como fui criado em outra época e tive uma
formação diferente, preservo até hoje os valores familiares e desejo de coração
que os mesmos sejam resgatados para o bem da humanidade. É por isso que trago
comigo o seguinte lema: Acreditar Sempre Vale a Pena. Acredito que não podemos
perder a fé e devemos nos manifestar sempre no sentido de melhorar alguma coisa
que não esteja legal.
Ruy Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário