terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Causas e Efeitos



Assistimos estarrecidos nesta semana, mais uma notícia de assassinato de mãe pelo próprio filho. Desta vez o fato ocorreu no bairro das Perdizes em São Paulo e foi cometido por um estudante de Direito, de 22 anos, contra sua mãe de 57. O rapaz esfaqueou a própria mãe para se apoderar da herança. Estava na companhia de um amigo traficante.  Acompanhando estes fatos lamentáveis, nos resta questionar o seguinte: Até quando a humanidade vai deixar de lado os valores religiosos e familiares  para, a cada dia mais, se envolverem com drogas e agirem de forma animalesca contra quem quer que seja, inclusive familiares? Alguma coisa muito séria está errada. Trata-se de mudança de comportamento que acompanha o desenvolvimento tecnológico. Hoje em dia, não vemos com tanta freqüência, filhos freqüentando missas ou cultos religiosos, como antigamente. A educação religiosa, se ministrada desde cedo nas crianças, contribui para formação de seu alicerce de caráter e de moral. Quem aprende a acreditar na existência e a amar a DEUS, seguirá seus ensinamentos. Vai respeitar pai e mãe acima de qualquer coisa. Vai respeitar o próximo. Vai aprender a tratar as pessoas da mesma forma que gostaria de ser tratado por elas. Vai praticar o perdão. Quem não tiver oportunidade de participar destes ensinamentos, que são para a vida toda, vai estar vulnerável a ser influenciado por maus elementos, e estará sujeito a cometer crimes cada vez mais bárbaros. Trata-se de banalização da vida. A luta diária dos pais, para poderem proporcionar algum conforto para seus familiares, acaba criando um distanciamento dentro do próprio lar. Antigamente, a família era a primeira célula de vivencia de uma criança. Até completar sete anos de idade, desfrutava do convívio diário de seus pais, irmãos e demais familiares. Quando chegava a idade escolar, já tinha uma boa base de educação. Sabia respeitar professores, diretores e demais funcionários da escola. Estava ali para se alfabetizar. Hoje as crianças, desde cedo, são apresentadas às telas, sejam de computadores, “notebooks”, televisores, celulares, vídeo games, “tablets”, etc... Aprendem a ler e a escrever muito cedo, O mundo fica a disposição na tela de um computador conectado à internet. Hoje em dia tem aqueles que defendem que criança não pode ouvir a palavra “não”. Os professores perderam a autoridade sobre os alunos, os pais conversam menos e convivem menos com seus filhos. Os amigos virtuais estão mais presentes na vida deles... Os resultados dessa evolução estão ai na mídia, quase que diariamente. Será quanto tempo ainda será necessário, para que alguma iniciativa seja tomada, para tentar reverter essa situação? Acredito que os meios de comunicação deveriam começar a se preocuparem com estes acontecimentos ao invés de apenas faturarem com a desgraça alheia. Até quando teremos que assistir às novelas, onde mudam os nomes dos personagens, mas a história central é sempre a mesma? Traição, enriquecimento rápido e sem justificativa, brigas em família, discórdias, injustiças, assassinatos... São estórias que invadem nossas casas por seis meses e não acrescentam nada de importante nas vidas daqueles que dedicam seu precioso tempo na frente da telinha nestes horários. Já não estaria na hora de se rever estes conceitos? Na hora de questionar estes comportamentos e apontar as falhas que estão levando às pessoas a agirem assim? Na hora dos programas ganharem conteúdo cultural e educacional? Acredito que devemos dar um basta nestes acontecimentos, que ainda que não ocorram em nossos lares, nos causam tristeza, dor e comoção, quando são divulgados. Como fui criado em outra época e tive uma formação diferente, preservo até hoje os valores familiares e desejo de coração que os mesmos sejam resgatados para o bem da humanidade. É por isso que trago comigo o seguinte lema: Acreditar Sempre Vale a Pena. Acredito que não podemos perder a fé e devemos nos manifestar sempre no sentido de melhorar alguma coisa que não esteja legal.
Ruy Santos

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